MARCAS E HISTÓRIAS: GRADIENTE

Durante a década de 1970 e parte da década de 1980, o foco da empresa foi atender o mercado de produtos de áudio sofisticados. Seus equipamentos eram modulares consistindo-se de amplificadoresreceptorestoca-fitas (cassette decks), toca-discos e etc. A Gradiente não oferecia aparelhos populares do tipo 3-em-1, isto é, aparelhos nos quais rádio-amplificador, toca fitas e toca discos são conjugados num único gabinete.

Esta filosofia, aliada às campanhas publicitárias, à imagem de modernidade com o lançamento de novos produtos como o toca discos óticos (CD player) ou digitais e a substituição periódica de linhas de equipamentos (obsolescência programada), consolidaram a marca como uma das mais importantes no setor de eletroeletrônicos do Brasil.

Em 1978, a empresa lançou, como uma alternativa mais sofisticada aos 3-em-1, o conceito que chamou de “system”: um conjunto de equipamentos que consistia de receptor, toca-discos, toca fitas e um par de caixas acústicas vendidos num único pacote. Os equipamentos eram baseados nos aparelhos modulares, com pequenas diferenças de acabamento.

Em 1981, a empresa tomou a iniciativa de padronizar a largura e o projeto dos equipamentos modulares de forma que eles poderiam ser livremente escolhidos e empilhados harmoniosamente, formando conjuntos ao gosto do comprador. Este conceito recebeu a designação comercial "compo", uma abreviação de "componente", pois cada equipamento era um componente do sistema.

Para a empresa, havia a vantagem de se pagar um único imposto sobre todo o pacote. Foi uma ideia bem sucedida e a cada 2 anos, aproximadamente, a Gradiente atualizava a linha. Os systems duraram até cerca de 1988 quando a empresa passou a se concentrar nos equipamentos conjugados.

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