MARCAS E HISTÓRIAS: FIREFOX

Dave HyattJoe Hewitt e Blake Ross, que deram início ao projeto Firefox, diziam acreditar que a utilidade do navegador Mozilla estava comprometida com os interesses comerciais da Netscape (que os patrocinava), bem como a inclusão de funções pouco usadas. Foi então que criaram um navegador separado, o qual visava substituir a suíte Mozilla. Atualmente, Ben Goodger (recentemente admitido pela Google) comanda o time que desenvolve o Firefox.

O Firefox mantém a natureza multi-plataforma do navegador Mozilla original, usando a linguagem de programação XUL, a qual possibilita a instalação e personalização de temas e extensões. Porém, acreditava-se que estes add-ons pudessem aumentar os riscos de segurança do navegador. Com o lançamento da versão 0.9, a Mozilla Foundation lançou o Mozilla Update, um site que contém temas e extensões "aprovados" como seguros. Deixa-se a cargo do usuário a decisão de arriscar-se a baixar extensões de fontes não-confiáveis.

O MozillaZine, um site com notícias, fóruns e weblogs para a discussão de assuntos relativos ao Mozilla (operado por entusiastas dos produtos Mozilla), foi fundado em 1 de setembro de 1998. No Brasil, existe o br.mozdev.org., sendo o site oficial brasileiro da Mozilla.

A intenção da Mozilla Foundation é aposentar a suíte Mozilla e substituí-la pelo Firefox. Em 10 de março de 2005, foi anunciado que os lançamentos oficiais da suíte se encerrariam com as versões 1.7.x. Como existem usuários corporativos da mesma, a série 1.7.x ainda é desenvolvida tendo apenas atualizações de segurança em seu roadmap. A versão 1.8.x, que já se encontrava em estado maduro de beta, não foi liberada para não acumular trabalho com atualizações de segurança para 1.7.x e 1.8.x. A versão 1.8.x foi substituída pelo novo navegador SeaMonkey, que continua sendo desenvolvido pela comunidade colaboradora com poucas diferenças iniciais da suíte Mozilla.

Nome

Phoenix 0.1, a primeira versão oficial.

O projeto, atualmente conhecido como Firefox, começou como uma divisão experimental da suíte Mozilla chamada m/b (ou mozilla/browser). Após o estágio inicial de desenvolvimento, versões de teste foram disponibilizadas ao público em 23 de setembro de 2002 sob o nome Phoenix.[33]

O nome Phoenix vigorou até 14 de abril de 2003, quando teve que ser mudado devido a problemas de direito autoral com a fabricante de BIOS Phoenix Technologies (que produz um navegador para BIOS). O novo nome, Firebird, foi recebido com opiniões diversas, pois tinha o mesmo nome do software livre de base de dados Firebird. No final de abril, seguindo - em apenas poucas horas - uma aparente mudança de nome do navegador para Firebird browser, a Mozilla Foundation determinou que o navegador fosse chamado de Mozilla Firebird para evitar confusões com o nome do servidor de dados Firebird. Entretanto, uma contínua pressão da comunidade de software livre forçou outra mudança de nome e, em 9 de fevereiro de 2004, Mozilla Firebird se tornou Mozilla Firefox (ou somente Firefox).[34]

Firefox 1.0.

O nome foi escolhido por ser parecido com "Firebird" e também por ser único na indústria da computação. A fim de evitar uma futura mudança de nome, a Mozilla Foundation deu início ao processo de registro do nome Firefox como marca registrada no Gabinete Americano de marcas e patentes em dezembro de 2003. Como o mesmo nome já havia sido registrado no Reino Unido, a Mozilla Foundation fez um acordo com a The Charlton Company.

O nome "Firefox" se refere ao panda-vermelho também conhecido como raposa de fogo[35] (nome científico: Ailurus fulgens; do grego ailurus, gato; e do latim fulgens, brilhante), é um pequeno mamífero arborícola e a única espécie do gênero Ailurus. Pertence à família Ailuridae, mas já foi classificado nas famílias Procyonidae (guaxinim) e Ursidae (ursos) - o próprio autor do logótipo, Jon Hicks, o animal não passa o conceito apropriado, além de não ser conhecido: "Um firefox é na verdade um atraente panda vermelho, porém ele realmente não traz à mente o imaginário correto. O único conceito, dos que fiz, com o qual me senti feliz foi este, inspirado pela visão de uma pintura japonesa de uma raposa".[35]

Muitas derivações incorretas da escrita original do nome têm ocorrido, como por exemplo Fire foxFire Fox ou ainda FireFox. Porém, o nome oficial do navegador é escrito em apenas uma palavra, e com o segundo F minúsculo: "Firefox".

Devido a problemas de marca registrada da Mozilla Foundation,[36] os pacotes "Firefox" e "Thunderbird" foram trocados de nomes para a distribuição Linux Debian. O Debian só aceita softwares totalmente livres e, para solucionar esse problema, foram desenvolvidos os pacotes Iceweasel e Icedove, que são idênticos ao Firefox e ao Thunderbird, respectivamente. Os ícones oficiais do Iceweasel e do Icedove são, respectivamente, Iceweasel icon.svg e Icedove-icon.png.

Marca e identidade visual

O logotipo de globo genérico, usado quando o Firefox é compilado sem marcas oficiais.

O progresso no desenvolvimento da identidade visual, desde o início do projeto, é um dos aspectos mais notáveis do Firefox. Frequentemente se diz que falta ao software livre uma sólida identidade visual. As primeiras versões do Firefox foram consideradas razoáveis em relação ao design, mas não alcançavam os mesmos padrões dos softwares utilizados em larga escala. O lançamento do Firefox 0.8 em fevereiro de 2004 demonstrou o esforço em se atingir um novo visual, inclusive com novos ícones. O ícone do Firefox é desenhado desde então pelo britânico Jon Hicks.

O animal mostrado no ícone é um Panda vermelho estilizado,[37] apesar de o nome remeter a uma raposa. Este ícone foi escolhido por não ser extremamente chamativo.

O ícone do Firefox é uma marca registrada usada para designar o Mozilla Firefox distribuído pela Mozilla. Apesar de ter o código fonte aberto, os ícones e suas imagens não são de uso livre. Devido a isto, versões modificadas do Firefox não estão autorizadas a usar os ícones oficiais. O mesmo ocorre nas versões beta do Firefox. Por serem modificações do original lançado, elas não podem utilizar o mesmo ícone sendo usado geralmente o ícone Deer park globe.svg e modificações dele.

Histórico de lançamentos

Desde o início do projeto, em 23 de setembro de 2002, o Firefox tem sido atualizado com certa freqüência. Mudanças no gerenciamento de extensões, de uma versão para outra, foram comuns em seu estágio pré-1.0. Finalmente, o Firefox 1.0 foi lançado em 9 de novembro de 2004,[1] seguido pela versão 1.0.1 em 24 de fevereiro de 2005, que continha algumas correções de segurança e estabilidade. A versão 1.0.2 foi lançada logo em seguida, em 23 de março de 2005, a qual incluía mais atualizações de segurança. A versão 1.0.3 também foi lançada em menos de um mês, em 15 de abril de 2005, com mais atualizações de segurança. A versão 1.0.4 foi lançada em em 11 de maio de 2005, incluindo várias correções relativas à segurança, além de correção de um erro no DHTML. As versões seguintes do Firefox, 1.0.5 e 1.0.6, foram sendo lançadas para correções de erros que implicavam na segurança dos usuários, datadas de 12 e 20 de julho de 2005, respectivamente. Em 30 de novembro de 2005 a versão 1.5 foi lançada com novos recursos como atualizações automáticas, reordenação dos separadores utilizando o mouse, suporte a novos padrões web como SVGCSS 2, CSS 3, JavaScript 1.6 e outros.

Após o lançamento da nova versão de seu principal concorrente, o Internet Explorer 7 em 18 de outubro de 2006, a fundação Mozilla lançou o Firefox 2, em 25 de outubro de 2006, com sistema antiphishing, melhoria nas abas, botão incluso no campo de busca e modificações no visual. Sua primeira atualização para correção data em 20 de dezembro do mesmo ano.

O Firefox também é muito utilizado na versão para Android. O Mozilla Firefox já alcançou a marca de 10 milhões de downloads, e anunciou a versão 14 aplicativo.[38]

Durante seu desenvolvimento, o código fonte do Firefox teve vários nomes de uso interno da equipe que o desenvolve. Todos estes nomes foram inspirados em lugares reais, como Three Kings, Royal Oak, One Three Hill, Mission Bay e Greenlane, cujos nomes se referem à subúrbios das cidades de Auckland, na Nova Zelândia e Whangamata, uma pequena cidade litorânea na península de Coromandel, também na Nova Zelândia. Os nomes foram escolhidos por Ben Goodger, que foi criado em Auckland. Outros nomes, incluindo os que são usados no mapa de desenvolvimento (roadmap) do Firefox, são baseados no caminho de uma viagem do estado norte-americano da Califórnia até Phoenix, no estado do Arizona.

De acordo com Ben Goodger, "Deer Park" não se refere a Deer Park, em Victoria (região localizada ao sudoeste da Austrália), trata-se apenas de um nome simbólico. "Eu estava a passear próximo da linha férrea em Long Island, há algumas semanas, quando vi o nome escrito em algum lugar e ele me pareceu bonito", disse Goodger. Portanto, esta é provavelmente uma referência à Deer Park, Nova York, uma área de recenseamento na região de Long Island.

A última versão do Firefox a receber um codinome foi a versão 4.0[39] que foi batizada de Tumucumaque, nome popular do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, localizado na Amazônia, nos estados do Pará e do Amapá, Brasil,.[40]

Em 2016, a Mozilla anunciou um projeto conhecido como Quantum, que procurou melhorar o Gecko — o motor do Firefox — e outros componentes para melhorar o desempenho do Firefox, modernizar sua arquitetura e transição do navegador para um modelo de processo múltiplo. Essas melhorias vieram na sequência da redução da participação de mercado para o Google Chrome, bem como as preocupações de que seu desempenho estava estagnado em comparação ao Chrome. Apesar de suas melhorias, essas alterações exigiram que os complementos existentes para o Firefox se tornassem incompatíveis com versões mais recentes, a favor de um novo sistema de extensões projetado para ser semelhante ao do Chrome, e ao de outros navegadores recentes. O Firefox 57, que foi lançado em novembro de 2017, foi a primeira versão a conter aprimoramentos do Quantum e, portanto, foi chamado de Firefox Quantum. Um executivo da Mozilla afirmou que o Quantum foi a "maior atualização" do navegador desde a versão 1.0.[41][42][43][44]

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