MARCAS E HISTÓRIAS: ELETROBRAS
A criação da Eletrobras foi proposta em 1954 pelo então presidente Getúlio Vargas, como parte do projeto de desenvolvimento de Vargas. O projeto enfrentou intensa oposição no Congresso Nacional. Em 25 de abril de 1961, sete anos depois, o então presidente Jânio Quadros assinou a Lei 3.890-A, que autorizava a União a constituir a Eletrobras. Já no governo de João Goulart. a empresa recebeu a atribuição de realizar pesquisas e projetos de usinas geradoras assim como linhas de transmissão e subestações, suprindo assim a crescente demanda de energia elétrica enfrentada pelo Brasil.
Desempenhou um papel fundamental para o desenvolvimento da economia brasileira já no ano de 1963, um ano após sua criação, quando entrou em operação a primeira unidade da hidrelétrica de Furnas (MG), evitando assim o colapso então iminente do fornecimento de energia aos parques industriais dos estados da Guanabara, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
O Regime Militar, com sua tendência ao centralismo, contribuiu para uma maior auto afirmação da Eletrobras como agência planejadora e financiadora, além de holding de outras empresas federais.
As privatizações e algumas alterações constitucionais acarretaram em uma mudança de perfil da empresa, na qual acaba perdendo algumas funções.
Em 2004 a Eletrobras foi excluída do PND (Programa Nacional de Desestatização), permanecendo uma empresa estatal.
Hoje a Eletrobras está presente em todo o Brasil, e possui uma capacidade instalada para produção de 39.413 MW, sendo assim a maior companhia do setor de energia elétrica da América Latina, produzindo cerca de 38% da energia gerada no Brasil. As linhas de transmissão de energia pertencentes à Eletrobras tem quase 60.000 km de extensão, 56% do total de linhas de transmissão do Brasil.[5]
A União possui 53,9% das ações ordinárias da companhia e, por isso, tem o controle acionário da empresa. A administração federal é proprietária ainda de 15,5% das ações preferenciais, cuja maioria está em mãos privadas.
Em 19 de janeiro de 2018 o presidente Michel Temer envia ao Congresso Nacional o projeto de lei que dispõe sobre a privatização da Eletrobras[6]. Em abril de 2018, a Agência Sportlight revelou que os gestores da Eletrobras pagaram 1.8 milhões de reais para que empresas terceirizadas falassem mal dela mesma. Segundo a reportagem, a estratégia do governo era falar mal da empresa para tentar convencer a opinião pública a aprovar a privatização da empresa.[7]
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