MARCAS E HISTÓRIAS: CALOI
A família Caloi já possuía as empresas Casa Poletti & Caloi (oficina para locação, conserto e manutenção de bicicletas) e a Bianchi do Brasil (representação comercial de bicicletas italianas). Com o advento da Segunda Guerra Mundial, houve a interrupção da importação de peças e assim, Em 1949, foi inaugurada a primeira fábrica da Caloi, no bairro paulistano do Brooklin. Era inaugurada a primeira fábrica de bicicletas do Brasil.[1][2]
Em 1960, a fábrica alcançou grande popularidade fabricando as bicicletas dobráveis. Em 1972, foi lançada a Caloi 10, que se tornou uma marca cultural no Brasil e consolidou o nome Caloi como fabricante de bicicletas. Em 1975, A Caloi inaugurou mais uma fábrica no País, no Polo Industrial de Manaus. Com essa base, lançou outro sucesso de vendas: a Mobylette.
Não esqueça minha Caloi
Foi em 1978 que a primeira peça da campanha Não esqueça a minha Caloi[1] surgiu, com a personagem Zigbim, que incentivava a garotada a lembrar de um presente... que não foi esquecido até hoje. A campanha ainda é lembrada até os dias atuais por todos que cresceram pedalando uma Caloi. Esse ano foi marcado também pelo lançamento do modelo Caloi Ceci, uma bike feita especialmente para as mulheres.
Nos anos 1980, a Caloi veio com a assinatura “O ano da Bicicleta”, e mostrava que realmente seria a década da bicicleta. Ao menos, para a Caloi Cross, que figurava nas garagens de 10 entre 10 meninos dos anos 80. A Caloi Cross Extra Light também foi um grande sucesso da década 80. Inspirada no sucesso do filme E.T. - O Extraterrestre, a bicicleta tinha como inspiração um modelo para a criançada que sonhava em voar.
Em 1989, a Caloi começou a sua introdução na história do mountain bike, com o lançamento da Caloi Mountain Bike 15 e 18, a primeira feita especialmente para a prática do esporte.
Caloi sem Fronteiras
Os anos 90 viram o crescimento da Caloi dentro e fora do País. Em meio a vários lançamentos de sucesso, ela deu início à sua internacionalização, abrindo uma subsidiária na Flórida, nos Estados Unidos. Foi durante os anos 90 que a Caloi que introduziu os quadros de alumínio no mercado internacional. O mercado de bikes cresceu tanto, que incentivou o desenvolvimento da fabricação de uma imensa variedade de acessórios para bikes e ciclistas.
A empresa foi dirigida pela família fundadora até o ano de 1999, quando esta vendeu para Edson Vaz Musa. A partir de então, a CALOI partiu para um novo desafio: ser sinônimo de bicicletas e também de fitness, agregando saúde, esporte e lazer à marca. Por isso, a CALOI se assumiu como uma marca destinada à vida saudável, e colocou todo o mundo para pedalar: crianças, adultos, esportistas, ciclistas profissionais, amadores e bikers de fim de semana. Em 2006, a CALOI inaugurou uma moderna fábrica em Atibaia, no interior de São Paulo, desativando a antiga unidade da Avenida Guido Caloi.
Caloi. Movimentando a vida
Em 2007 a marca lançou a campanha “Movimentando a Vida” [2]para integrar todos os projetos que a empresa trabalhava, reforçando o posicionamento da empresa em estimular e apoiar crianças e adultos na busca de uma vida saudável através da atividade física.
Em 2012, a Caloi inicia o seu projeto para apostar no desenvolvimento do mountain bike no Brasil com a Elite Carbon, modelo de carbono voltado para competições. No mesmo ano, a empresa assumiu ainda o compromisso com o ciclismo brasileiro e anunciou a sua equipe de MTB[3], com atletas de destaque no cenário nacional. Desde então, a empresa vem ampliando seu portfólio de bicicletas de competição[4], com modelos em alumínio e carbono, e se tornando referência pela qualidade e custo benefício.
Aquisição estrangeira
A Caloi passa a fazer parte da divisão de bicicletas da empresa canadense "Dorel Industries Inc.".
Em agosto de 2013, 70% das ações da empresa foram compradas pela Cannondale Sports Unlimited, divisão de bicicletas da multinacional canadense Dorel Industries Inc, que 4 anos depois (2017) passaria a ter 100% das ações da Caloi.
2017: Novo logo, novo posicionamento e novo mercado
Como parte do Grupo Dorel Sports, a Caloi passa em 2017 a ter como CEO - Cyro Gazola - e continua se renovando e reforçando a sua história e posicionamento com todos os tipos de ciclista. Em 2017 A marca lançou um novo logo e novo posicionamento[5]: Fabricamos Ciclistas, desenvolvido pela agência Salve Tribal.
A Caloi é uma marca que vem marcando gerações e muitos brasileiros pedalaram pela primeira vez em uma Caloi. “Nós fabricamos ciclistas. De todos os tipos, idades e identidades. A Caloi sempre foi uma marca que buscou falar com todos os públicos e isso continuará” comentou Cyro Gazola[6], presidente da Caloi.
Segundo a Agência Salve Tribal[7], A proposta do trabalho era trazer mais do que somente uma mudança em sua identidade visual. Além das mudanças no logo, a agência mergulhou na história da marca e resgatou “O Vencedor” como ícone principal da nova comunicação. Ao retomar sua presença nos dias de hoje, a Caloi traz à tona o legado histórico-conceitual da marca e, ao mesmo tempo, humaniza a representação gráfica, acompanhando o deslocamento de uma marca centrada só nos produtos, para uma marca centrada nos usuários.
“Quando uma marca é uma lovebrand centenária como é a Caloi, qualquer mudança de logo e assinatura impacta profundamente. Sabemos dessa responsabilidade. Por isso, estudamos toda a cronologia da marca e todas as suas facetas em diversos períodos da história. Resgatamos um ícone de antigamente, que é a figura do "O Vencedor". Este ícone foi redesenhado e ganhou um caráter muito mais inclusivo. Deixa de ser um homem jovem pedalando e torna-se uma figura sem gênero e sem idade, alguém em que todos podem se espelhar” explica James Scavone, Chief Creative Officer, da SalveTribal Worldwide.
Bicicletas elétricas
Em 2017, a empresa anunciou ainda a entrada no mercado de bicicletas elétricas, com o lançamento da linha “E-Vibe”[8], apresentando uma bicicleta destinada a uso urbano e outra destinada a mountain bike. A proposta da Caloi com a linha é oferecer não só facilidade no dia-a-dia, já que longas distâncias e subidas deixam de ser uma barreira, mas poder incluir mais pessoas no uso da bicicleta, pois não importa se o ciclista já pedala a anos ou se está começando, a sua idade, ou diferença de resistência física de cada um. A E-vibe integra diferentes grupos para que possam pedalar juntos.
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